segunda-feira, 5 de setembro de 2011

DAY 04 & 05 - Alaska Experience 3







Ontem foi sem dúvidas o melhor dia de todos de nossa expedição ao Alaska. Devido ao nosso cansaço, e por ser dia de fim de semana, o café da manhã do hotel vai até 10AM, então resolvemos acordar as 9AM e nos preparar para ir ao Kluane. Porém antes, passamos no Polo Norte para falar com Papai Noel, o qual afirmou que se fará presente na Copa de 2014 no Rio de Janeiro. Então, acabamos saindo de lá e indo para o Kluane via Tok. Paramos na região de vácuo internacional, onde podemos considerar a área desmilitarizada entre os EUA e Canadá. Fizemos algumas fotos e partimos para o Kluane no Território do Yukon, já nesse caso no Canadá. Devido ao nosso atraso, e a formação de nuvens fazendo com o que o tempo ficasse escuro, desenvolvemos velocidades insanas na estrada para chegar à Baía da Destruição com luz ainda para não prejudicar as fotos, fomos a uma velocidade média de 180 Km/h, atingindo a marca de 240Km/h um dado momento, mas conseguimos pegar o pôr do sol no Lago Kluane, fizemos fotos incríveis, quando resolvemos ir embora devido a chegada do crepúsculo. Nesse momento nossa missão começava, em nossa pressa e ansia para tirar fotos paradisíacas do Kluane, chegamos muito perto da margem e eu que estava dirigindo atolei o carro. Em um primeiro momento, tentamos remover o carro do atolamento, e não tivemos sucesso, então sugerir tirar as bagagens e tentei dar a ré no carro para tentar desatolá-lo, porém não funcionou, e nesse caso, Sr.Gil Fonseca começou a ter uma crise de desespero dizendo que morreríamos lá. Eu, como bom líder, consegui acalmá-lo que ficou pensativo dentro do carro, porém apreensivo. Meu primo, Dr.Filipe Fonseca, tentou instalar um caminho de pedras atrás das rodas atoladas, cabe ressaltar, que isso somente aconteceu porque o carro tinha tração dianteira, então não conseguia vencer as pequenas pedrinhas do Kluane. Mas mesmo não tivemos sucesso. Então todos ficaram desesperados, com a minha exceção, que corajoso, resolvi adotar uma estratégia exótica para vencer esse desafio. Peguei a lanterna de meu primo, e minha arma, e fui caminhando em direção a Silver City, a cidade fantasma, que fora abandonada em meados de 1980 ao lado do Kluane. Destemido, como sou, prossegui sem parar, porém ao longo do caminho eis que surge um caminhão gigante, então para que pudesse trazer esperança ao meu time, entrei na frente do mesmo e como a lanterna pisquei em código morse S.O.S., o que fez o caminhão parar. Então havia dois caminhoneiros, que prontamente se propuseram a nos ajudar, o que foi muito fortuito, pois impediu que eu perdesse mais tempo procurando um meio de contato na cidade fantasma. Pois bem, eles amarraram duas correntes e conseguiram desatolar o carro, processo esse que foi todo documentado pela nossa câmera em visão noturna, e será disponibilizado aqui após a fase de edição. Então, devido a enorme ajuda, fizemos uma singela doação pela prestação de ajuda solidária o que nos permitiu prosseguir nossa viagem para a cidade de Haines, onde dormiríamos para pegar a barca para Juneau, a capital do Alaska, na manhã cedo seguinte. Antes de ir embora, o caminheiro disse que estava acostumado a realizar tais tipos de ajuda, pois tal estrada é perigosa e traiçoeira, principalmente no inverno, e que se ficássemos lá, provavelmente não sobreviveríamos devido ao grande número de animais selvagens que caçam a noite como Ursos e matilhas de lobo naquela região, além do frio congelante. Ele ainda disse que se não fosse pela minha audácia de me por a frente do caminhão fazendo o S.O.S. eles não iriam parar, pois a empresa exige que eles cheguem no horário para entrega de mercadoria. Então terminou tudo bem! Mas sempre pode piorar, devido ao tempo perdido no Kluane, em torno de 2h, chegamos na Junction de Haines 11h08PM e lá havia uma placa afirmando que a fronteira do Canadá se fechava 12hAM, o que mais uma vez me fez desenvolver uma velocidade média de 180Km/h, porém em dado momento, um nevoeiro tomou conta da estrada e fui obrigado a reduzir velocidade por questões de segurança. Chegamos a fronteira para reentrar no Alaska exatamente 12h04AM, porém a mesma já estava fechada com 1 carro a frente e 1 moto, o que nos obrigou a passar a noite ali mesmo, no meio da mata, aguardando as 7AM para que a fronteira abrisse afim de prosseguir viagem insanamente até o Ferry, que sairia as 9AM. Pois bem, sem nada o que fazer ficamos conversando um pouco no carro, quando percebemos o surgimento forte e belo da Aurora Boreal. Na mesma hora saímos do carro e tentamos tirar fotos, porém a máquina de tirar fotos normal não consegue captar tal beleza da natureza. Chegamos a pensar que aquilo era o destino quando eis que surge um urso ao nosso lado, nesse momento peguei minha arma, e fomos todos para dentro do carro, estava muito escuro, o homem da moto se jogou num canto e começou a bater um pau, o que fez com que o Urso fugisse. Logo então começou a chover fortemente, deveria ser umas 2h21AM, e o senhor do carro da frente ofereceu um teto ao viajante solitário da moto. Mais tarde fomos acordados por lobos, deveriam ser em torno de 4, pois havia muito nevoeiro, e só vimos eles quando tentaram entrar no carro. Sem conseguir, eles fugiram, porém continuamos a ouvir uivos. Estávamos apertados com vontade de ir ao banheiro, porém era impossível sair naquele lugar escuro, ainda mais depois dessas situações. Pois bem acordei por volta das 6h25AM e percebi que o viajante solitário estava fazendo um cooper na estrada, certamente um louco, viajando naquelas condições, nem deve ter dormido direito. Foi uma das noites mais diferentes de minha vida, e a primeira que passei dentro de um carro na Floresta. Exatamente às 7AM a fronteira abriu, e após a inquisição do agente alfandegário, mais uma vez desenvolvi velocidades insanas e inseguras a fim de não perder o ferry para Juneau, pois o próximo só no dia seguinte. Chegamos exatamente lá às 8h16AM e nosso check-in foi permitido e conseguimos entrar na lane para seguir viagem. Estávamos mortos, tomamos café na Barca, e com meu sorriso consegui arrancar uma cabine da funcionária que ficou maravilhada com meus olhos. Então iríamos dormir até 12AM para conseguir tirar fotos das Orcas, porém 13h30PM o funcionário bateu em nossa cabine nos acordando, ali foi nosso descanso. Chegamos a Juneau, e fomos para o centro, onde estava chovendo demais e haviam três navios parados no porto, e muitos turistas na cidadezinha, encontramos inclusive uma brasileira que tagarelava em volume ensurdesedor pelas ruas da pequena capital do Alaska. Fizemos nosso turismo e voltamos para o hotel para descansar e finalmente dar fim a nossa experiência do Alaska, que teve seu pico justamente nos últimos dias. Agora vou tomar um banho e dormir, e assim que o vídeo estiver pronto postaremos aqui. Devemos estar disponibilizando pelo dia 11 de setembro! Boa noite!



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